Uma das questões mais importantes aos produtores rurais é identificar a hora certa de aplicar fertilizantes nas lavouras, sobretudo em razão dos custos, da poluição ambiental e da eficiência na absorção pelas plantas.
A Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço (Nasa), dos Estados Unidos, planeja uma nova missão hiperespectral de satélites, equipados com sensores, que permitam aos agricultores estimar o status dos nutrientes das plantas, no início da estação de crescimento.
O mercado de satélites comerciais também está de olho no potencial desse segmento. O resultado serão decisões mais bem informadas, especialmente sobre cobertura de nitrogênio.
O nitrogênio é um dos insumos agrícolas mais importantes, usado como adubação em lavouras. No entanto, é também um dos mais complexos. Além de ser suscetível a perdas ambientais, sua eficácia é afetada pelo tipo de solo e pelo clima.
À medida que os custos de insumos e as preocupações com a poluição ambiental aumentam, além das altas temperaturas fora de época, os agricultores procuram maneiras de identificar a quantidade e o momento corretos, para aplicação com melhor eficiência. Mas isso é um alvo móvel que depende do clima e de outros fatores.
As pressões sobre os agricultores para aplicar mais nitrogênio, no início do outono, tornam altamente provável que o nitrogênio se converta em nitrato. Isso deixa os campos de milho suscetíveis a perdas por lixiviação, no inverno e primavera.
A seca também reduz o ciclo de nitrogênio no solo, porque a atividade microbiana diminui com a falta de umidade. Plantas com estresse hídrico não absorvem nitrogênio tão bem quanto aquelas que crescem em umidade adequada.
Até que dados do satélite hiperespectral estejam disponíveis, é possível monitorar um conjunto de variáveis ambientais, que interferem na saúde das lavouras, a partir de mapas e imagens de satélites.
É o caso de mapas da umidade do solo, estresse hídrico, seca, precipitação, temperatura, entre outros indicadores. São variáveis que orientam a decisão sobre aplicação de insumos.
Essas variáveis podem ser monitoradas a partir de produtos agrometeorológicos, baseados em dados de satélites. É sobre isso que iremos tratar a seguir.
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O mapa atualizado da precipitação, baseado em dados do produto CHIRPS, mostra a continuidade da seca na área brasileira que vai desde o Mato Grosso do Sul até os estados da região Sul.
Alguns analistas têm previsto um recorde de produção de milho, no País, na temporada 2021-2022, com possibilita de aumento de até 30%, em relação à safra passada.
Porém, outros especialistas têm sido mais prudentes, diante do risco climático de duração do La Niña por mais tempo, que pode causar problemas à segunda safra do grão.
Recentemente, publicamos um post, no qual o Laboratório de Análise e Processamento de Imagens de Satélites (Lapis) chama atenção que o fim do La Niña será mais lento, podendo persistir até o inverno (junho a setembro) deste ano.
Neste verão, o milho safrinha já sofreu grandes perdas, na primeira safra, em razão da seca no Sul brasileiro. De acordo com dados da Conab, pode ter sido a menor produção para a primeira safra, em um período de 20 anos.
O La Niña potencializa o risco de perdas relacionadas à produtividade agrícola, no Paraná e no sul do Mato Grosso do Sul. Essas áreas já tiveram quebra nas safras, com registro de menor produtividade nas colheitas de soja e milho, no verão.
Os rendimentos de soja na zona agrícola central da Argentina, em 2021-2022, podem ficar abaixo da temporada 2017-2018, atingida pela seca, caso não ocorram chuvas significativas. A avaliação é de um relatório meteorológico publicado pela Bolsa de grãos do Rosário.
Desde o final do ano passado, a Argentina foi drasticamente atingida por períodos de seca, que parece ter se intensificado novamente, neste mês de fevereiro. E há poucos sinais de chuvas significativas, na próxima semana.
A Bolsa do Rosário acrescentou que alguns pequenos lotes de milho, colhidos precocemente, tiveram rendimentos muito baixos. Pode ser um sinal de que os rendimentos estimados de milho, talvez sejam ajustados para baixo.
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O mapa semanal da umidade do solo destaca continuidade da seca e estresse hídrico, nos solos do Centro-Sul do Brasil, desde o Mato Grosso do Sul e São Paulo até os estados do Sul.
Nas demais áreas do Sudeste e na Bahia, os solos estão saturados com excesso de umidade. Na Paraíba e em grande parte de Pernambuco, os solos estão úmidos, em razão das últimas chuvas.
Já no Ceará, Piauí e Maranhão, há registro de estresse hídrico, considerado normal para o período, não sendo caracterizado como seca.
Na última sexta-feira, dia 18 de fevereiro, os futuros do trigo caíram, na bolsa de Chicago, após um forte desempenho na sessão anterior. Mas o aumento da tensão entre a Rússia e Ucrânia, principais fornecedores de grãos, tem limitado as perdas.
O coração agrícola da Argentina, atingido pela seca, que afeta as lavouras de milho e soja, deve passar por mais uma semana de chuvas escassas, antes de ocorrerem chuvas mais fortes, previstas para o fim de fevereiro.
O Conselho Internacional de Grãos reduziu, nesta quinta-feira, sua previsão para a produção global de milho 2021/22, em parte impulsionada pela redução na perspectiva de produção, no Brasil e Argentina.
Argentina, o maior exportador mundial de soja processada e o segundo maior exportador de milho, enfrenta seca ligada ao padrão climático do La Niña, que provocou cortes profundos nas previsões de safras dos dois grãos, nos últimos meses.
O mapa acima, do número de dias sem chuva, mostra que, no período de 07 a 13 de fevereiro deste ano, predominou estiagem no Centro-Sul, desde o Mato Grosso do Sul e São Paulo até os estados da região Sul.
Esse mesmo padrão de estiagem foi observado desde Sergipe até o Rio Grande do Norte, com exceção do Sertão da Paraíba, onde predominou chuva quase todo dia.
O mapeamento do número de dias sem chuva foi baseado no método “O Mapa da Mina”, um treinamento prático do Laboratório Lapis, que ensina a elaborar mapas, processar e analisar imagens de satélites, no QGIS. Para conhecer como funciona o método, clique aqui.
Quando você quer se especializar em uma ferramenta de geoprocessamento, a exemplo do software QGIS, o que todo mundo costuma dizer é que você deve dominar a produção de mapas temáticos, com layout de qualidade.
Porém, o que ninguém conta é que você deve estar atento à precisão e segurança dos dados processados. E isso pode ser alcançado somente com o aprimoramento da sua capacidade de processamento e análise dos dados. Na prática, é essa autonomia que vai fazer a grande diferença em sua carreira.
Como costumamos dizer, produzir mapas é apenas uma etapa do processo (a da visualização dos dados). Porque o mercado já conta com milhares de profissionais que sabem fazer mapas, com layout de qualidade. Ou seja, inúmeros profissionais já dominam uma ferramenta SIG, mas somente de forma superficial.
Por essa razão, não se limite apenas à habilidade de produzir mapas, em um determinado Sistema de Informação Geográfica (SIG). O geoprocessamento vai muito além disso e a tecnologia está disponível para todos.
É necessário se aprofundar em uma ferramenta, de forma operacional, ampliando sua capacidade de gerar a melhor solução, a partir do processamento e análise dos dados.
Um mapa isolado é apenas uma imagem. Mas quando você amplia sua capacidade de processar dados, fazendo análises e gerando geointeligência, você passa a utilizar o verdadeiro poder de um SIG.
É a análise dos dados que possibilita identificar padrões, tendências, contextos, relações e comparações. Somente a partir desse tipo de processamento e análise, é quando se procede à geração de um mapa. Adquirir essa habilidade pode levar você a uma virada em sua carreira SIG.
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Foi para atender a esse profissional do futuro, capaz de manipular tecnologia de ponta, na área de geoprocessamento, que o Laboratório Lapis desenvolveu o método “Mapa da Mina”. É um treinamento prático, que ensina a dominar definitivamente o QGIS, para gerar mapas, processar e analisar imagens de satélites.
Clique aqui e conheça o método de geoprocessamento utilizado pelo Lapis e aprenda como usar o verdadeiro poder do QGIS.
LETRAS AMBIENTAIS. [Título do artigo]. ISSN 2674-760X. Acessado em: [Data do acesso]. Disponível em: [Link do artigo].
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