Seca acende alerta para safra de cana-de-açúcar no Brasil



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Este post é uma breve análise do cenário climático dos próximos meses, com as projeções para as áreas produtoras de cana-de-açúcar.

O nosso objetivo é contribuir com profissionais de geoprocessamento, que atuam ou querem atuar em consultorias agrícolas, com uso de imagens de satélites e produtos agrometeorológicos.

Nos últimos quatro meses, as chuvas ficaram abaixo da média, em quase todo o Centro-Sul, principal região produtora de cana-de-açúcar do Brasil. O clima excepcionalmente seco que atinge a região, prejudica a safra deste ano e ainda limita o plantio para o ano de 2022.

Em alguns locais dessa região, o solo está com umidade muito baixa, especialmente no Paraná e em São Paulo. Com isso, as atenções já se voltam para as precipitações futuras.

O sinal de alerta para a safra de cana do próximo ano está ligado, porque no período de abril a junho, choveu bem abaixo da média, afetando a safra de cana em andamento. Além disso, a próxima safra vai depender muito das chuvas de verão.

A partir de setembro, a lavoura chega ao período úmido, sem margem para estiagem ou volumes de chuva insuficientes. Se chover de forma mais regular, é possível que a cana se recupere, em razão de ser um tipo de planta mais resistente.

Todavia, essa recuperação vai depender da qualidade e do padrão de chuva. Por enquanto, o sinal permanece amarelo ou em condição de atenção.

De acordo com o meteorologista Humberto Barbosa, do Laboratório de Análise e Processamento de Imagens de Satélites (Lapis), há uma tendência de que o período de chuvas chegue um pouco mais cedo este ano, naquela região, no final de agosto e início de setembro, mas será forma irregular.

A água mais aquecida, no oceano Pacífico, deve permitir o avanço de chuvas, do Sul para a região central do País, no período mais seco iniciado em junho.

A chuva é necessária, mas também não pode ser em excesso. É assim que funcionam os canaviais, pelo menos em relação ao desenvolvimento das plantações e produtividade das lavouras.

No Rio Grande do Sul e Santa Catarina, a umidade do solo tem aumentado, desde a primeira semana de junho, mas parece ter sido tarde demais, para a recuperação das lavouras.

Em Minas Gerais, a seca tem tido um forte impacto nas lavouras, na região do Triângulo Mineiro, onde estão os municípios de Uberlândia, Uberaba e Campina Verde.

Para acessar a previsão climática completa, do Laboratório Lapis, para os próximos meses, clique aqui

 

COMO CITAR ESTE ARTIGO:

LETRAS AMBIENTAIS. [Título do artigo]. ISSN 2674-760X. Acessado em: [Data do acesso]. Disponível em: [Link do artigo].

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