Uso de mapas para monitorar secas “relâmpagos” nas áreas agrícolas



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A estiagem hoje afeta todo o Brasil e a tendência é de aumento na frequência, severidade e abrangência desse fenômeno climático. O Centro-Sul brasileiro é uma das áreas mais afetadas por secas “relâmpagos”, que atingem intensamente as áreas produtivas de grãos.

Esse tipo específico de seca requer ferramentas adequadas para monitoramento, em razão de, em poucas semanas, a região passar de uma condição normal a uma situação de seca severa.

É difícil captar o início de uma seca "relâmpago", para tomar as medidas adequadas e evitar prejuízos aos produtores. A não ser com uso de técnicas de geoprocessamento.

Mapa da seca, baseado em dados de precipitação.

Mapa da seca, em junho, baseado em dados de precipitação por satélites.

No Semiárido brasileiro, séries de dados de precipitação, obtidas por satélites, referentes ao período de 1901-2017, mostraram informações cruciais sobre as secas.

A inteligência obtida a partir da análise desses dados é relevante para o enfrentamento da escassez de água, especialmente nas principais áreas agrícolas do Brasil. Isso porque o Semiárido brasileiro é a região do Brasil altamente adaptada à estiagem.

Apesar disso, a seca 2011-2017 na região foi excepcional. De fato, desde 1845, quando teve início a série de secas históricas, do desafiante século XIX, o Nordeste enfrenta vários períodos prolongados de seca, alguns mais severos do que outros. Em 176 anos, foram oito períodos de secas prolongadas.

Severidade da seca, a partir de dados de precipitação, obtidos por satélites

Severidade da seca, a partir de dados de precipitação, obtidos por satélites.

Por quatro vezes, foi registrado uma seca de cinco anos consecutivos (1876-1880; 1901-1905; 1929-1933; e 1979-1983). Há uma lista de secas consecutivas, que duraram dois anos: 1990-1992, 1955-1956 e 1997-1998. No entanto, nunca havia sido registrada uma seca de seis anos consecutivos, na escala e na intensidade da seca 2011-2017. 

O gráfico acima mostra a classificação da severidade da seca, no Semiarido brasileiro, com registro de seca excepcional, no período de 2013-2016. A classificação foi feita com base em séries temporais de dados CHIRPS, que são dados de precipitação, obtidos por satélites.

No Livro “Um século de secas”, foram usadas técnicas de geoprocessamento, para a gestão e análise de dados dessas secas.

Mapas de precipitação, cobertura vegetal, umidade do solo, entre outras ferramentas agrometeorológicas, de alta frequência temporal, são cruciais à análise do início e da expansão das secas no Brasil, especialmente para o setor agrícola. Isso porque as previsões de curto prazo (de uma semana a um mês) são cada vez mais necessárias.

No vídeo acima, o geoprocessador Humberto Barbosa, fundador do Laboratório Lapis, fez uma abordagem dos conceitos envolvidos na estimativa de precipitação, a partir de dados de satélites. Ele também explicou quais são as técnicas utilizadas para a estimativa de precipitação.

O conteúdo do vídeo auxilia profissionais de geoprocessamento, interessados no setor agrícola, a entender melhor os produtos derivados de dados de satélites, na aplicação da informação agrometeorológica, com o objetivo de melhorar a eficiência da produção agrícola, contribuindo para um ambiente sustentável.

COMO CITAR ESTE ARTIGO:

LETRAS AMBIENTAIS. [Título do artigo]. ISSN 2674-760X. Acessado em: [Data do acesso]. Disponível em: [Link do artigo].

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